Os filhotes vivem em Brits, localizado no Centro de Conservação Ukutula, uma reserva privada a cerca de 70 quilômetros de Pretória.
“Não são leões de proveta, já que não usamos técnicas in vitro”, disse Callealta, estudante de doutorado na Universidade de Pretória à Agência Efe
Os protocolos desenvolvidos por Callealta – com a supervisão de dois professores da universidade – representam uma alternativa não cirúrgica às vias de fecundação usadas até agora, muito mais invasivas porque geravam o embriões “fora” do animal.
“Isto quer dizer que não é necessário submeter o animal a uma cirurgia para aplicar a técnica, mas, certamente, temos que fazer com sedação porque estamos falando de leões”, brinca.
Explicado de forma simplificada, o sêmen de um leão macho é recolhido, a fêmea anestesiada e o líquido introduzido nela com um cateter, o que para os animais significa reduzir o tempo de sedação, cuidados pós-operatórios e efeitos secundários.
Até agora, a inseminação artificial em leões tinha registrado só dois casos bem-sucedidos, mas esta é a primeira vez que os filhotes nasceram de fato.
Ao contrário de outros animais, como as vacas e os humanos, os felinos ovulam geralmente só quando há um macho perto ou, mais especificamente, quando há copulação.
A população de leões cresce lentamente na África do Sul graças às reservas naturais nacionais e privadas, mas é uma exceção enquanto no resto do mundo os números retrocedem.