
No Brasil, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos que não concluíram o ensino médio, 610 mil são mulheres. As oportunidades limitadas de educação para elas e os obstáculos que as impedem de completar 12 anos de escolaridade, de acordo com um novo relatório do Banco Mundial, chegam a custar aos países entre US$ 15 trilhões (R$ 58 trilhões) e US$ 30 trilhões (R$ 116 trilhões) em perda de produtividade e renda.
O relatório “Perda de Oportunidades: o elevado custo de não educar as meninas”, lançado em comemoração ao Dia Malala das Nações Unidas, que é celebrado em 12 de julho, mostra os impactos da escolarização, tanto em rendimentos financeiros, quanto nas vidas das meninas e das suas comunidades, incluindo demonstração de altruísmo, menor risco de sofrer violência por parte de um parceiro, eliminação do casamento infantil, a redução da taxa de fertilidade em países de alto crescimento populacional e a diminuição da mortalidade.
Um dos argumentos mais fortes do estudo é que meninas precisam completar o ensino médio, pois é esta etapa de ensino que traz maiores benefícios. A recomendação, no entanto, ainda está distante da realidade dos países de baixa renda: menos de dois terços das meninas concluem o ensino fundamental e uma em cada três delas concluem as primeiras séries do ensino médio.